sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

serena e ser ela :

                                                                                                                                                          efuru chilombo

Olho para mim e pergunto-me o que faço aqui. Porque te amparo das quedas. Porque não te tiro a rede. Porque te dou o ombro para as noites frias quando me dás gelo. Quando foi que me permiti ser tão serena quando o meu coração suplica por um grito. Desde quando é que amo sem ser por favor? Desde quando abraço sem que me fechem os braços atrás? Desde quando é que me sento no chão à espera que me pegues na mão? Chega. 

Olho para ti e pergunto-te o que fazes aqui. Porque não me amparas daquilo que me fazes cair. Porque me dás rede para depois deixares frases a meio. Porque me dás o corpo para as noites quando te dou uma carvão gasto. Quando foi que te permitiste ser tão espartilhado quando o teu coração quer que abrandes? Desde quando é que amas por favor? Desde quando abraças com os braços fechados de verdade? Desde quando é que ficas de pé à espera de uma mão? Não chega.




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