domingo, 25 de novembro de 2012

OK, tenho uma paixoneta pelo James :


                  
                   

É um dos meus concorrentes favoritos desde que sou vidrada em music tv shows. Está agora no X-Factor do Reino Unido. Tem ar de nerd, de quem sofreu muito bullying em criançola, de quem já chorou muito por isso mesmo, diz-se que tem um passado de drogas e que viveu na ruas por causa de confusões com os pais. Mas os artistas têm sempre um lado obtuso e talvez tenha sido isso que lhe imprimiu tanto dramatismo e profundidade. Faz dos covers mais inteligentes que já ouvi. E tem olhos azuis e eu, normalmente, não gosto do olhar  de quem os tem. És uma excepção, Arthur. E das boas.

aqueles domingos que não chegam :

Há muito tempo que não tinha um domingo assim: lareira, tempo sem horários, sofás e chavénas de chá e, lá fora, a chuva. As páginas, que já deviam estar escritas, continuam em branco. O que imagino já devia estar a tomar uma forma real. Sinto falta de horas vazias, de dias de agenda solta, de semanas desiguais. Tenho saudades de amigos, de horas com amigos, de dias com eles, de semanas cheias deles.
                                                                                                                                                                      jessica lois  

for once i feel my head is clear
but early this morning, when i opened up my eyes
that old lonesome feeling took me by surprise
lately i've been remembering
the good times
my thoughts don't have an ending

i was tired
so i laid down to dream for a little while
but lately i've been so, so uninspired

but i'm not complaining
cuz that's how it goes
there's always some heartache
in this world i suppose

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terça-feira, 20 de novembro de 2012

the perfect morning :

                                                                                                             jessica lois
. is having a cup of hot coffee under sunlight .
 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

os outros ali tão perto :

                                                                                                     charlotte oleena
 
Tinha acabado de sair do concerto desta noite numa das zonas que mais gosto na cidade. Estava frio, mas não o suficiente para me obrigar a pôr o cachecol enrolado ao pescoço. Mas coloquei-o na mesma. Precisava do quente daqueles minutos, enquanto caminhava ao lado de um dos colegas e de um dos professores mais brilhantes que já tive na vida. Quando percebeu que, sempre que as aulas acabam tarde, tenho alguém que me vem buscar, ele ofereceu boleia para qualquer eventualidade. Disse que me trazeria a casa porque mora perto. Ele e a mulher. Conheço-a há uns anos através de e-mail, sem nunca ter associado o endereço electrónico a uma face. Já me tinha cruzado com ela, mas só há duas semanas nos apresentamos, sem que fosse preciso ele estar.
 
Hoje voltei a encontra-lá e o cumprimento foi diferente. Foi de quem sabe quem sou, de quem já me leu, de quem sabe o que faço, de onde venho e porque estava ali, com ele. É estranho imaginar que falam de mim enquanto jantam, partilham um disco ou um livro. É estranho eu estar lá, com eles, depois de anos sem nunca nos vermos e sempre a uma distância tão ténue. Dentro do carro, chegou-me a exaustão. Faltavam poucos minutos para ser meia-noite e ainda tinha tudo para fazer: calçar as pantufas, colocar os óculos, comer algo, aquecer-me à lareira, ver uma série enrolada em mantas. Se não tenho tempo, não gosto de fazer tudo isto e hoje é uma dessas noites.
 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

o que as águas do oceano nos fazem :

                                                                                                                      tori kelly
 
Ontem estava triste. Com algo que me prendia a vontade de prender o cabelo com um elástico, sem algo para me fazer sair de casa, com pouca vontade de pôr aquela camisola no corpo. Deitei-me com a mesma sensação do que de manhã e hoje tenho saudades tuas. Não faz sentido. Ainda não passaram, sequer, três dias desde que fizeste check in, não há entrada, mas à saída daquele avião. Alinhavei um SMS para mandar para o meu lado norte, mas deixei-o nos rascunhos. Não quero que as minhas palavras te moldem os passos, nem que sejas menos tu porque estou aqui e tu aí. Sei que esse ar novo vai pôr-te a respirar melhor ou, pelo menos, de forma diferente, com menos esforço nos pulmões. O rumo chega quando não sentires que estás a escolher uma direcção, mas apenas a caminhar em cima dela.
 
Be focus, Be free, little girl