quarta-feira, 30 de novembro de 2011

it's okay not to be okay :

: maria zouroudis : 

and i've got this black suit on
roaming around like i'm ready for a funeral
five more miles until the road runs out
i'm about to drive in the ocean
i'm trying to swim from something bigger than me
kick off my shoes, take off this suit and swim good
i'm going off, don't try stopping me, don't try saving me
no flares, no vest and no fear

aquelas conversas estranhas :

Ao telefone com a miúda do costume:

Eu: Estou a furar a minha borracha com o meu brinco. Achas normal?!
Ela: Eu faço imenso isso! É bué fixe!


(E pronto. Como posso ser uma criatura saudável se só lido com gente assim? Pois, não posso!)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

só porque és genial todos os dias:

                                                                                                                               mayra andrade

                                                                                                                                     D. R.

É a quarta vez que te vejo actuar ao vivo. Primeiro no CCB, depois no Olga Cadaval, depois Coliseu de Lisboa e, hoje, no Casino de Lisboa. E os dois últimos concertos já foram este ano. Desde o primeiro dia que continuas igual. Mas não no mau sentido. Mas no bom. Mesmo bom. Consegues fazer daquelas duas horas tuas e nossas. Envolves quem te rodeia como se fossemos os teus melhores amigos. Como se estivéssemos a torcer por ti. Só que não é preciso torcer muito. Sabes que sabes fazer tudo bem. Danças com a leveza de uma princesa. E cantas com uma delicadeza de tamanho igual. Levas contigo uma sala cheia, que te pede quase sempre, sem parar, só mais uma música. E tu ficas. Ficas porque gostas que te ouçam, mas principalmente porque gostas que cantem contigo o que escreves. Podia dizer que este foi o teu melhor concerto, mas não digo. É só porque sei que vem aí um quinto concerto. E eu já estou preparada. Estamos todos ...


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

lição de fim-de-semana :


Nunca mais voltar a deitar às 6h55!

É o seguinte minhas amigas: Tenho o músculo da perna esquerda feito num oito, desconfio que terei os sonos atrasados até meados da próxima semana, vou estar rabugenta até final desta e já não tenho 17 anos. Entendido?!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

nunca me levem para uma biblioteca :

"Pára de escangalhar as minhas coisas! Já viste que só gostas de desarrumar as coisas dos outros? Olha que tiro os agrafos das tuas folhas"

(dito pela SR no meio de uma biblioteca cheia de futuros agrónomos e salvadores dos ambiente e betinhos que andam de cavalo e mais não sei o quê, enquanto eu tento organizar os papéis que ela tem espalhados pela mesa)

A-D-O-R-O

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

as redes sociais e afins (e fins) :

Já não é a primeira vez que ouço que o Facebook (FB) é bom para se encontrar amigos de infância. Ou aquele que se deixou engordar ou o rufia da 3ª classe que hoje é agente de autoridade ou apenas aquele colega que se sentava ao nosso lado na escola. Depois há ainda quem dia que o FB tem um layout melhor que o velhinho Hi5 e que serve ainda de ferramenta profissional e bla bla bla. Pois ...

Hoje, enquanto via a Casa dos Segredos, o João M. e a Fanny decidiram enumerar coisas pelas quais sentiam falta depois de estarem alienados do mundo há cerca de quase dois meses. Ambos referiram o FB. Ora, é isto que não percebo. Sinto-me distante desta realidade (ou quase). Não tenho FB. Não encontrei amigos de infância (se os tivesse perdido não seriam seguramente amigos), não sei quem está agora mais gordinho (se encontrasse alguém nestes moldes é provável que não me lembrasse dele), desconheço o paradeiro daquele traste que fazia pouco das miúdas e agora usa-me farda de polícia. Não sei.

Mas isto tem me custado caro. Sinto-me fora de contexto. Estou distante dos outros. Não faço "likes" nas fotos ou videos dos meus 245 amigos. Nem partilho nada com eles. Já perdi temas de conversa, "views", clicks e comentários. É que ... Gosto antes de conversas num bom café e não num "chat". Gosto de encontrar quem quero e não quem me convida para ser seu amigo (aliás o que é isto de convidar para se ser amigo?) Gosto de recuperar fotografias em álbums a sério e não esfolheá-los com uma seta ». E gosto destes "gostos" e não daqueles "likes".

Não gosto quando leio uma reportagem num qualquer jornal ou revista e no final vejo a frase: "Saiba mais no Facebook". (E quem não tem FB, your idiot?!). Não gosto quando se tira uma fotografia hoje e amanhã já está no perfil da miuda Z. Não gosto que os amigos do FB sejam diferentes dos amigos reais. 

E agora estou assim. Longe. Sem ninguem com quem 'partilhar'. Sem 'murais' para registar os meus eventos. Sem perfil para indicar que andei naquela escola (e depois ser abordada por aqueles três lá atrás: o gordinho, o polícia e o parceiro de carteira).

E é por isto que agora se diz que já não se conversa no mesmo espaço, mas sim à janela. E aqui estamos a falar (também) da janela do messenger. E quando se diz que as relações são feitas de zeros e uns é por causa disto. Estão todas formatadas. Editadas. Tão editadas que podem ser bloqueadas ou ficar em modo "delete". O bom destas coisas é que podemos ir à reciclagem e recuperá-las. Mesmo que seja para voltar a pô-las lá, depois de termos feito "copy" and "paste" ao que nos interessa. E "cut" ao resto.


(e até este blogue deixou de ser um diário de papel com cheiro a perfume e transformou-se nisto)
e desconfio ainda que muitos amores já se perderam por causa disto ...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

tenho quase a certeza :

... de que eles foram capazes de fazer uma masterpiece. Uma das melhores coisinhas que já ouvi. E das mais bem feitas. É talvez o melhor de 2011 (excluindo a Adele, vá). Também não conheço tudo da Lady Gaga (sempre tive medo do dia em que fosse escrever o nome desta senhora neste blogue), diz que os Coldplay estao aí de novo, a Tori Amos também e outros tantos trezentos e sete artistas com trabalho novo. Mas se há coisa que tem de ser dita é isto: 'Ceremonials' é o disco do ano. Nem que seja pela força que esta expressão tem ...  


: isto é coisa para ainda se ouvir quando já correr o ano de 2024 :

: e a dona da voz :
                                                                                                                 f. leotine mary w.

the forbidden place :

and it's over,



and i'm goin' under,



but i'm not givin' up,



i'm just givin' in.


domingo, 6 de novembro de 2011

as escolhas :

Tenho amigas que dizem que precisam de cortar o cabelo. Outras que querem esvaziar o armario para o voltar a encher. Outras que querem ir viver para longe. E tantas outras que querem fazer uma coisa diferente daquela que vão fazer amanha quando voltarem ao trabalho. O que as move? A diferença. A mudança. A vontade. Aquilo que as faz querer o que não têm ou que não podem ter. Pelo menos, de um dia para o outro. E é isto também que faz com que se desista de um amor por outro. É por isso que se quer um amor moreno de cabelo cortado e de roupa nova. É por isso que se quer um amor que consiga ouvir a nossa musica e que saiba quando a queremos dançar. É por isso que se quer um amor que nos leve a jantar fora àquele lugar que nunca fomos, para a seguir nos levar a ver a cidade de cima, como nunca a vimos. Nao é que o outro amor tenha chegado ao fim, porque isso nunca chega. É porque somos mesmo assim. Incompletos. Incertos. Inquietos. Julgamos que o nosso sorriso não pode ser aquilo que temos naquele minuto. Julgamos que podemos sorrir ainda mais se entrelaçarmos os nossos dedos noutras mãos. O pior vem depois. Quando reparamos que afinal os nossos dedos não ficam assim tão bem com as novas maos. Quando a vista da cidade não tem aquele brilho que imaginamos que tivesse. Quando o jantar foi apenas mais um jantar. Quando ouvimos aquela música, mas não a queremos dançar. Quando a nova roupa não favorece os nossos olhos. É como quando vamos às compras. Compramos um fio e não o outro, porque achamos que nos fica melhor. Escolhemos uma cor de um casaco e não outra, por pensarmos que esta vai condizer melhor com o que já temos no armário (já vazio). Mas um fio é sempre um fio. Um casaco é sempre um casaco. O problema está nos detalhes. São eles que nos dão cabo da cabeça. São eles que nos fazem escolher um amor e não outro. Mas são também eles que fazem girar o mundo, mesmo que seja para o girar ao contrário.


 But, in the end of the day, these are only words, right?...

quando temos de ser 'a Voz' :


E 'e por isto que 'as vezes, chego ao final de um dia de trabalho com as
 lagrimas presas.



E a versao acustica liberta-as.