O mundo é tão mundo, que, às vezes, até nem parece mundo. Consegue tirar-te tudo, mas devolve-te quase tudo depois. No entretanto, choras, choras, pedes para o tempo voltar para trás, para que possas agora escolher virar à direita e não à esquerda. Não podes. Porque, no fundo, são poucas as ruas sem saída. Bate o pé. Bate muito o pé. É preciso explicar aos outros que também fazes barulho a caminhar. Não esperes muito tempo sentado. Anda sozinho. Alguém virá atrás de ti. Nem que seja para te tocar no ombro e avisar-te que, afinal, todas as ruas sem saída são-no de propósito. E não porque tu escolheste de forma errada. Elas sempre estiveram lá. Ali. À tua frente. Ou do teu lado esquerdo ou direito. A vida é tão vida, que, às vezes, até nem parece vida. A palavra boomerang é tão bonita, não é?
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