domingo, 2 de fevereiro de 2014

o íman dos opostos :

                                                                                                                                                                    zaki ibrahim
Zaki é uma miúda dos extremos. Every Opposite - o título do último trabalho de 2012 - não dá espaço para grandes discussões sobre a razão pela qual a sul-africana-canadiana não se quer comprometer com definições fechadas. Tem o swag de uma Janelle Monáe (ainda que seja caso para que as parecenças sejam mais intrigantes do que as aparências), não deixa o corpo abandonado em danças alheias, embrulha-se em hip-hop, despe-se com downtempo, agita-se com músicas deste mundo e do outro e ainda se deita com jazz e soul como almofadas. Além disto, há ainda músicas soltas que em nada ficam aquém de mais conexão. «Connected» e «Heart Beat» são os opostos dela. E pequenos admiráveis mundos novos. Se fosse vizinha de Kalaf & Companhia (Buraka Som Sistema), podia ser hoje a voz dela que se ouviria no lugar da de Blaya. Ou então seria uma Sade. Talvez esta shad(e)ow lhe fique melhor.
 

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