terça-feira, 24 de abril de 2012

a saga do caderninho :

Ontem percebi que tinha perdido um bloco cheio-de-coisas-que-nunca-mas-nunca-se-podem-perder. Perguntei a todo o mundo se o tinha visto (disseram que não), pedi novamente que verificassem todos os cantinhos, buracos, debaixo dos tapetes, dentro de tupperwares, por aí (coisa simples), sei lá. Ninguém o tinha visto. Depois, peguei num papel e recriei o último dia em que me lembro de o ter comigo. Procurei os telefones e pus-me a ligar para os Armazéns do Chiado.

Do outro lado: "Um caderno preto? Sexta-feira? Às 22horas? Só um momento, por favor, vamos verificar se alguém o entregou"  [dez, vá, quinze minutos de espera] "Estou. Não temos cá nada. Um caderno preto? Não, não, não temos"      Quando ouvi pela segunda vez a pergunta "Um caderno preto?" pensei cá pra mim: pronto, agora vai ver de novo o monte de coisas que tem ali ao lado e vai descobri-lo. Mas afinal diz que não, nada. 

Mandei mil mensagens à mana a perguntar se tinha mesmo a certeza que a figurinha não se encontrava na casa dela. Aborreci mãe com outras mil perguntas e zero. Passou-se um dia inteiro. Ao final do dia, recebo telefonema. Era a mãe. "Já descobri o caderno" [eu aos pulos logo quando ouvi a palavra 'já']. Onde estava?, perguntei. "No teu quarto, em cima de um banco, por baixo da tua mala de viagem".

Ou seja, sou uma nódoa a procurar coisas perdidas. A sério, nunca me convidem para situações como 'Caça ao Tesouro', peddy-paper ou ao estilo de escuteirinhos. Não presto mesmo. E aquela coisa de procurar primeiro nos lugares óbvios? É mesmo verdade. Mas é preciso procurar mesmo e tirar as malas de viagem de cima de bancos. Resulta sempre.

1 comentário:

S... disse...

há piiissoas mesmo distraídas!!