sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

a aguarela de Charlotte não tem cores :

                                                                                                                                                   charlotte o'connor
A Charlotte está a regressar a casa sem nunca ter saído pela porta grande. Na adolescência gravou um disco, pela editora Columbia, que nunca chegou a sentir o calor do sol. Agora, aos 23 anos, está de paz com a música. Aquilo que fez serviu para se mostrar como miúda de 16 anos, mas a estória deixou de ser essa e é outra. Uma outra estória onde Charlotte deixou cair o apelido O'Connor e assina apenas 'OC'. É que a nova receita é mesmo essa: be simple. Vem como um furação que sentiu a força do vento em boomerang, vem com uma voz carregada e longe da altura em que cantava em estações de comboio, vem a pedir que não lhe pintem o coração, vem com o cabelo milimétrico como se avisasse que, desta vez, quer as coisas no sítio certo. É uma Loreen britânica com a mesma obscuridade, a mesma sensatez, mas outra electrónica. Colour My Heart, o EP do final do ano, vai tornar-se na alma toda em 2014.

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